Resenha Rio + 20
Coletiva
Ary Carvalho de Miranda, Marcelo Firpo Porto – Feito por Bruna Mariane, Juliana Mary e Lucimar Gomes.
A Rio + 20 acontece num momento em que cada vez mais se reconhece o agravamento e a articulação entre as crises ambiental e social no planeta. Esse reconhecimento vem crescendo, principalmente, a partir da II Guerra, com a intensificação do ritmo de produção e consumo e suas consequências.
Desde então, vêm sendo discutidos os elementos que caracterizam a crise ambiental contemporânea, como o consumo sem precedentes dos recursos naturais associado à degradação dos ecossistemas, a dramática redução da biodiversidade.
Vários indicadores vêm apontando para a continuidade ou agravamento da crise socioambiental no planeta. Dentre os vários problemas podemos destacar: quebras do sistema financeiro com impactos na economia mundial; precarização do mundo do trabalho; pobreza e miséria com cerca de um bilhão de pessoas com carência alimentar e sem acesso adequado à água.
Resumindo, a crise socioambiental é a mercantilização da vida e da natureza, decorrente do capitalismo globalizado e do crescente poderio de corporações que influenciam o modelo de desenvolvimento dos países.
Nas últimas décadas, diversos trabalhos e marcos vêm ocorrendo com a internacionalização do movimento ambientalista através de organizações com atuação global, bem como a busca de arranjos internacionais para enfrentar o problema.
A Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Rio 92, representou o amplo reconhecimento político sobre a importância da questão ambiental pelos governos e pela sociedade internacional. A Cúpula da Terra, evento que aconteceu paralelamente à conferência oficial, gerou uma mobilização social quase sem precedentes envolvendo organizações ambientalistas e inúmeros movimentos sociais. A Rio 92 acabou gerando documentos e compromissos que marcariam os anos seguintes, como a Agenda