Resenha revolução dos bichos
463 palavras
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A obra de George Orwell, escrita em plena Segunda Guerra Mundial e tomada de uma simplicidade poética, esconde por trás dessa poesia uma crítica dura ao totalitarismo de Stálin. Orwell acreditava que a URSS não aplicava o socialismo real, o qual ele acreditava, e que era necessário abrir os olhos da camada dos trabalhadores proletariados com uma história simples, e que falasse por si só. Segundo ele “se a obra não falar por si só, significa que ela fracassou”. Estamos diante de uma fábula belíssima que atravessou os anos sem nunca perder o valor, e, principalmente, o cunho histórico a qual está atrelada. Os animais da Granja do Solar estão infelizes. Passam fome, trabalham muito e decidem, com as últimos palavras do Major, o porco mais velho da Granja, a fazer uma Revolução e expulsar o senhor Jones, o fazendeiro. Após o êxito da expulsão, Napoleão e Bola-de-Neve começam a comandar os outros bichos, criando leis e cuidando da “ordem social”, fazendo-os trabalhar para tocar a fazenda sem o proprietário. Os bichos estão felizes agora, regidos pelo Animalismo; são livres e trabalham para seu próprio sustento, fazendo comemorações com a bandeira com um casco e um chifre cruzados (muito familiar, não?). Mas até que ponto essa felicidade durará com os porcos na liderança? As alusões claras à Stálin como Napoleão e Trotski como Bola-de-neve são evidentes por si só, e o fato de serem porcos dá à obra um tom de ironia ainda maior. Numa época em que não se falava mal sobre a URSS, e a Inglaterra estava cega diante das atrocidades cometidas no país, fica fácil concluir que o livro foi difícil de circular. Antes de ser aprovado, quatro editoras recusaram publicar, uma por questões ideológicas e as outras três por motivos irrelevantes.
Vale ressaltar alguns pontos históricos ao qual o autor se remete, a saber: Revolução Russa, a alienação histórica e das pessoas com relação a Trotski (a começar por você: sabe quem foi? O que fazia? Pois é, Stálin fez questão que você não