Resenha renzo piano arquitetura
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No 54º IFPH Congresso Mundial, o palestrante Arquiteto e Urbanista Kosta Mathéy, professor em universidades da Alemanha e de Cuba destaca a contradição que há entre a homogeneização arquitetônica e a segregação social. Segundo ele, para compreendermos esse fenômeno precisa-se definir tais valores: identidade cultural, sustentabilidade social e coesão social. Mathéy cita alguns elementos influentes bem estabelecidos e outros que foram recentemente reconhecidos. Sobre a Identidade Cultural, o Arquiteto estabelece relações entre as formas das construções e a função, o material, a renda, a topografia, o clima, a fé, a época, e principalmente a cultura. Tratando-se da função, é possível notar que estabelecimentos que possuem o mesmo objetivo funcional apresentam formas similares em todo o mundo. No entanto, essa regra não se aplica a todos os casos, em que as mesmas funções resultam em tipos de construções bastante distintas. Quanto ao material, é de praxe utilizar materiais localmente disponíveis, por questões de economia e de praticidade originando construções com a mesma forma. Porém, o material em si não é suficiente para explicar a similaridade da forma, pois mesmo em locais onde um determinado tipo de material é abundante, ainda conseguimos perceber diferenças em sua arquitetura. Oca feita de palha na Amazônia, Brasil
Convém presumirmos que classes menos favorecidas financeiramente vivem em casas de baixa qualidade e valor estético, porém essa observação está equivocada, pois, como manifestou Mathéy, as pessoas pobres são igualmente capazes de expressar um alto grau de estética e fantasia em suas construções autônomas. Além disso, não significa que materiais de menor valor não possam gerar construções de alto padrão. Há determinados locais em que a topografia se torna um fator limitante para a liberdade na expressão arquitetônica. Mas ao mesmo tempo, essa restrição pode auxiliar