Resenha: Religiosidade e Saúde (cap. 20 do livro “Saúde e Espiritualidade: uma nova visão da medicina”) – André Stroppa e Alexander Moreira-Almeida

584 palavras 3 páginas
O texto Religiosidade e Saúde, como o próprio título sugere, aborda a questão da influência da religiosidade na saúde, principalmente no bem-estar psicológico. Existe atualmente um interesse maior nesse aspecto devido a uma mudança no modo de pensar sobre essa relação, que historicamente foi vista como uma relação negativa mas, hoje, a religiosidade aparece positivamente associada ao bem estar em alguns estudos científicos. É interessante notar que, na civilização ocidental, o cuidado a enfermos, inclusive mentais, se iniciou basicamente pelas organizações religiosas porém a comunidade médica e psicológica durante séculos XIX e XX tomou uma posição anti-religiosa sob a influência de intelectuais como Freud. Dessa forma, a religiosidade era associada a irracionalidade, a distúrbios emocionais e distorções do mundo real. Muitos cientistas acreditavam que a sociedade chegaria a um nível de laicismo completo mas o percentual populacional que se considera espiritualizada ainda se mantém no mundo atual. Isso reflete no interesse e no numero cada vez maior de estudos sobre relações entre religiosidade e saúde, seguindo pioneiros dessa investigação como David Larson, Jeffrey Levin e Harold Koenig. Além disso,reflete também na ideia de que, segundo o texto,
“há uma tendência favorecendo à reaproximação de religião e psiquiatria em socorro a profissionais de saúde mental, desenvolvendo habilidades para compreensão de fatores religiosos que influenciam a saúde física e psíquica.” O fato dos estudos relatarem que um maior envolvimento religioso está associado a melhores indicadores parece ser decorrente do maior suporte pessoal encontrado nas comunidades espiritualizadas e dos hábitos de vida que essa religiosidade implica. Acredito que esse suporte seja o ponto principal que permite que as pessoas respondam e se adaptem às situações de estresse, ou seja, permitem o coping delas com a situação a sua volta. Por exemplo, o texto aponta estudos que demonstram

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