Resenha - Quinta Avenida, 5 da manhã
Quinta Avenida, 5 da manhã: Audrey Hepburn, Bonequinha de Luxo e o surgimento da mulher moderna / Sam Wasson; tradução José Rubens Siqueira. – Rio de Janeiro: Zahar, 2011
Primeira edição: Nova York, Harper Collins Publishers, 2010.
“E pensar que o filme quase não saiu. Pensar que Audrey Hepburn não queria o papel, que os censores estavam brigando com o roteiro, que o estúdio queria cortar “Moon River”, que Blake Edwards não sabia como terminar o filme (na verdade, ele filmou dois finais diferentes) e que o romance de Capote era considerado inadaptável parece hoje quase engraçado. Mas é verdade.”
Quinta Avenida, 5 da manhã; página 18
O livro de Sam Wasson é, acima de qualquer coisa, um romance-jornalístico de tudo que rodeou Breakfast At Tiffany’s, filme de 1961 estrelado por Audrey Hepburn. Wasson nos mostra todos os processos, desde a história pregressa de Truman Capote, seus problemas com a mãe e tudo mais que daria vida a Breakfast At Tiffany’s, o livro, até a escolha dos figurinistas e as histórias que aconteciam por nos bastidores das gravações.
Quinta Avenida, 5 da manhã é composto, primeiramente, por uma lista dos principais personagens que conheceremos durante a leitura, um mapa mostrando a Nova York de Holly Golightly, protagonista do filme e do livro, e mais oito capítulos: Pensar (que vai de 1951 até 1953), Querer (1953-1955), Ver (1955-1958), Tocar (1958-1960), Gostar (1960), Fazer (2 de outubro de 1960 – 11 de novembro de 1960), Adorar (1961) e, por fim, Querer Mais (os anos 60). Nas 230 páginas, mais anexo de fotos e notas, Wasson nos leva pelas histórias de Nova York, as evoluções de Capote e as dificuldades enfrentadas por Marty Jurow, Richard Shepherd, George Axelrod e Blake Edwards, respectivamente os produtores, roteirista e diretor do filme, para responder a que parece ser a pergunta central: como contar a história de uma prostituta de luxo e, ainda assim, causar a simpatia do público, acostumado com romances de “boas