Resenha Ornamento e Delito de Adolf Loos
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Adolf Loos nascido na então República Tcheca, estudou em diversas instituições da Áustria e Alemanha, mas foi numa viagem para os Estados Unidos, em que ele conhece o trabalho de Louis Sullivan e a sua ainda embrionária Escola de Chicago que ele compreende então que “as construções deveriam ir se esquivando, nos anos vindouros, da ornamentação até encontrarem a beleza em sua nudez estrutural” como diz Sullivan em seu artigo Ornamentação na Arquitetura (1892). De volta à Áustria Loos segue projetando seguindo rigorosamente o que aprendeu e escreve uma série de artigos criticando os artistas da Secessão Vienense e os seus ‘crimes’. Em Ornamento e Delito (1908, tradução de Anja Pratschke para o site Babel da Universidade de São Paulo) Loos nos apresenta então os crimes cometidos por esses homens que ainda que em 1908, pertenciam ao século XVIII. Pois para ele a ornamentação não era o crime, assim como o Papua com seu rosto tatuado não era um criminoso, mas homem moderno que assim se apresente é um criminoso ou degenerado, os homens que se utilizavam desses floreios é que consistiam o crime e também esse país que insistia em viver no passado do Império Austríaco enquanto a Inglaterra, por exemplo, seguia em frente, se modernizava e consequentemente enriquecia. Já que como diz Loos o homem moderno consegue viver e cobrir as suas necessidades gastando menos dinheiro diferentemente do homem do século XVIII que gasta as suas economias desperdiçando trabalho e material por objetos que logo serão trocados pois se tornam insuportáveis aos seus donos. Nas palavras dele: “Se todos os objetos durassem esteticamente o tanto quanto duram fisicamente, o consumidor poderia estabelecer para eles um preço, que possibilitaria para o trabalhador ganhar mais dinheiro e trabalhar menos tempo.” Para Loos o ornamento não era um crime quando utilizado em sua devida época, mas a grandeza do século XX é justamente ele não ser capaz de produzir nenhum outro