Resenha Olhar Social
As epidemias, notadamente de doenças veiculadas por via hídrica, ressurgiram; o cólera retornou a Europa em 1831. As classes medias e altas pouco sofriam os efeitos dessa situação, porque a urbanização implicava no relativo isolamento das classes trabalhadoras nos bolsões de miséria das grandes cidades. No surto de cólera de 1845 uma figura destacou-se: Florence Nightingale (1820-1810). De tradicional família, muito cedo resolveu dedicar-se ao cuidado de doentes. Depois de um rápido treinamento em enfermagem começou seu trabalho tornando-se superintendente de um hospital em Londres.
Florence Nightingale andava constantemente pelas enfermarias, até mesmo pela noite, carregando uma lamparina, o que lhe valeu o apelido de “Dama da Lâmpada”. Ao voltar para Londres criou uma escola para treinamento de enfermeiras, no hospital St. Thomas, que viria a se tornar modelo. Florence Nightingale é considerada, alias a fundadora da moderna Enfermagem.
Outra doença muito difundida no século XIX era a tuberculose. Conhecida desde a antiguidade a “Peste Branca” adquiriu seu sombrio caráter metafórico na romântica- porque era uma doença dos românticos, cheia de símbolos. A tuberculose dizimava populações. Mais rapidamente ainda faziam-no o cólera, a peste, a febre amarela, a malaria. E isso exigia providencias. Já vimos que o Estado absolutista tinha chamado a si a responsabilidade pela saúde de seus cidadãos, por meio, principalmente, da policia sanitária. A saúde começava a ser considerada um direito dos cidadãos – um direito assegurado pela Revolução Francesa de 1979 e pela revolução Americana de 1776.
As medidas de saúde publica, contudo não eram suficientes; não atingem a dimensão social do problema. Alguma coisa deveria ser feita – e foi feita: um conjunto