RESENHA OBRIGADO POR FUMAR
Obrigado por fumar
Letícia Stempcyznski¹
O filme Obrigado por fumar (Thank you for Smoking) de 2006 do diretor Jason Reitman, é uma comédia satírica sobre a indústria tabagista e as artimanhas de um lobista, baseado no romance de Christopher Buckey.
Chamado de um "Mefistófeles yuppie", Nick Naylor o principal porta-voz das grandes empresas de cigarros se orgulha de ser uma das "poucas pessoas do planeta que sabem o que é ser verdadeiramente desprezado". Mas Nick passa por um sério problema: as pessoas, alertadas sobre os danos causados à saúde pelo vício de fumar, começam a abandonar os cigarros.
Desafiado pelos vigilantes da saúde e também por um senador oportunista, Ortolan K. Finistirre (William H. Macy), que deseja colocar rótulos de veneno nos maços de cigarros, Nick, através de sua persuasão e argumentação, defende os interesses de empresas de cigarros, tentando sempre convencer a sociedade de que o mesmo não é esse tal vilão que todos julgam. O lobista passa, inclusive por cima de princípios éticos e manipula informações, com a célebre desculpa dos nazistas julgados no pós-guerra, “alguém tem que pagar a hipoteca”.
Usado como artificio as mídias, participa de debates na TV, programas de entrevistas e numa jogada de marketing até o cinema hollywoodiano com a ajuda de Jeff Megall, um poderoso agente de Hollywood. Através de discursos convincentes e carismáticos prega o livre arbítrio, que cada um tem o poder de escolha. Sua fama atrai a atenção de Heather Holloway, uma repórter de um jornal de Washington que decide investiga-lo. Ela consegue aproximar-se cada vez mais de Nick, e acaba publicando uma matéria envolvendo ele e seus companheiros de negócios, com essa publicação acaba arruinando sua carreira e vida pessoal.
O filme obrigado por fumar mostra a importância de argumentos, não somente para adquirir o cigarro, mas também para a vida, relata também a história de uma indústria e o impacto que a mesma tem na sociedade. Obrigado por fumar