Resenha nascer, viver e morrer na grécia antiga
“Nascer, viver e morrer na Grécia antiga” de Maria Beatriz Borba Florenzano que possui graduação em História pela Universidade de São Paulo (1973), mestrado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1978) e doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (1986). Atualmente é Professor Titular de Arqueologia Clássica no Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Arqueologia, com ênfase em Arqueologia Clássica, atuando principalmente nos seguintes temas: arqueologia clássica, numismática antiga, iconografia monetária antiga, a moeda como instrumento de troca e de valor na antiguidade, organização do espaço e sociedade na Grécia antiga. Atualmente é coordenadora geral do LABECA/MAE, Laboratório de estudos da cidade antiga, sediado no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. (www.labeca.mae.usp.br) e Diretora do mesmo Museu. O livro trata da cultura da sociedade grega, abordando os vários elementos dessa sociedade. Trazendo uma proposta de construção da história menos rígida, e mostrando nos seus cinco capítulos as características menos divulgadas da vida social e cultural grega.
1. O Calendário e as festas
O calendário grego era baseado nas fases da lua e cada mês tinha apenas vinte e nove dias; os nomes dos meses eram inspirados nas festas de cada época. Como as cidades-Estado gregas eram politicamente autônomas, cada uma tinha seu calendário, de forma que os gregos comemoravam as festas consagradas a uma mesma divindade em diferentes épocas do ano. Os momentos importantes da vida das pessoas ocorriam no decorrer das festas públicas. Havia festas bienais ou quadrienais chamadas Grandes Panatenéias, em homenagem à deusa Atena, onde participavam pessoas da cidade e do campo. Algumas festas eram “nacionais” (pan-helênicas)