Resenha Mística de Conte Sponville
970 palavras
4 páginas
A mística.Não é comum ouvir este termo em nosso dia a dia, a mística é um mistério, é um não saber, conceber o real, apesar de saber que ele existe. A mística é muito vista dentro da religião com seus “eventos” sobrenaturais e suas perguntas sem respostas para com as coisas de Deus.
Porém podemos notar que este conceito muito básico, e explicado no livro, é bem diferente do que a maioria imagina.
Ao discorrer do livro o autor chega em um ponto que descreve uma de suas experiências místicas, mas como pode um ateu ter uma experiência mística? Peimeiro precisamos entender alguns coisas básicas.
Para descartes o espírito é,” Uma coisa que pensa, isto é, uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina também e sente.”
Sendo assim fica claro que a concepção de espírito para ele, é algo como a consciência, e concordo com ele, afinal o que nos torna humanos não é nosso corpo mas nossa consciência, ou como diz Descartez, nosso espírito. O espírito é parte do todo, é algo natural, não é o princípio mas a mais elevada parte do homem, é ele que nos faz perceber o todo e que nosso próprio espírito é parte deste todo.
Mas como um ateu pode ter uma espiritualidade sem acreditar em Deus? Bem isso é algo bem simples de se explicar. Pensemos que mesmo um ateu admite que o universo foi criado em algum ponto, e que é impossível que esse algo criador seja criado, pois se foi criado logo existe algum princípio antes dele. É o que Aristóteles chamou de o primeiro motor, ou o que Thomas de Aquino também chamou de o primeiro motor imóvel. Porém Sponville usa de uma lógica diferente para provar que apesar de ser um ateu crente, ele não necessariamente acredita em um Deus pessoal. Por que Deus teria de ser dotado de vontade, de saber? Por que essa causa do todo necessariamente tem personalidade? Alguns dizem: por que o mundo é complexo demais parar ser ao acaso. Bem isso como já vimos na outra parte do texto, não é um argumento tão válido