Resenha Medianeiras
Onde achamos a tela da vida.
Dirigido e roteirizado por Gustavo Taretto e produzido por Natacha Servi e Hernán Masalupe, lançado em 2011, o filme é um drama/comedia que mostra a vida de dois jovens, Martin e Mariana. Ambos os jovens buscam fugir de seus medos e problemas. Martin fóbico antissocial e Mariana busca a libertação de seu antigo e duradouro relacionamento. Ambos não sabiam, mas estavam ‘conectados’ de alguma forma.
Os dois tem suas neuroses e conforme a rotina vai passando percebemos que eles se complementam. Apesar de serem vizinhos e de quase sempre passarem pelas mesmas ruas, ou a aula de natação, por exemplo, Martin e Mariana não se conhecem.
"Medianeras" fala sobre a cidade urbana, que está em constante e desordenado crescimento, principalmente Buenos Aires, fala da arquitetura e principalmente de temas que envolvem nosso cotidiano, além de ser evidente que toda essa cultura virtual e arquitetura acarretam em solidão para quem vive sozinho.
Dentro das tentativas de fuga da solidão ambos tem encontros, Martin com duas moças que ele conheceu sem pretensões, uma passeadora de cães que tem uma outra namorada e outra moça meio louca que ele encontra na internet. Nenhuma das duas o agrada pois vivem em realidades bem distintas. Já Mariana sai com um colega de trabalho que ela mesma foge do encontro e um rapaz da natação que estava tudo certo até eles saírem e ele ‘’brochar’’ e desaparecer. As mulheres fogem de Martin e Mariana foge dos homens. Engraçado porem trágico.
A agonia é constante, por mais que se perceba que os dois tem as mesmas manias e até mesmo sentimentos iguais o filme