Resenha – Livro “DOS DILEMAS E DA ARTE DE JULGAR”.
O livro “Dos dilemas e da arte de julgar” faz referencia as questões sobre a natureza que estuda o ser e a existência do Juiz, na arte de julgar, com uma linguagem humanística, associada com filosofia e literatura. No livro o autor ensaia princípios a respeito da magistratura vocacionada em contraposição à magistratura meramente tecnicistas. Dedicada ao espírito do bem servir a justiça, a obra precisa ser lida com os olhos do dilema, para melhor compreensão da antítese humana, portanto, os dilemas do Juiz, na hora em que o magistrado fica diante de sua própria consciência e é castigado pelo valor que dá à sua personalíssima liberdade de julgar, para ser justo.
Um dos maiores desafios na arte de julgar, para o juiz que se preocupa com os ideais da Justiça real, é decidir sobre qual solução prática e eficaz que, de um modo justo, repare a lesão ou previna a ameaça a direito.
Esse desafio é substancialmente relevante porque ultrapassa as condicionantes formais do processo e coloca o juiz diante da consciência de julgar bem e de modo justo. No livro o “julgar” pode ser traduzido na liberdade de consciência, ou, ainda no valor da liberdade de consciência ética. É assim porque a liberdade de consciência é um dos sagrados direitos do ser humano, que o conduz à consciência das escolhas, que situa a consciência do agir e do não agir; que traduz a liberdade de pensar, inata à condição humana. Portanto, a liberdade de consciência é um direito natural da pessoa humana, tão essencialmente importante que é tema recorrente na Bíblia Sagrada, quando trata do tema livre arbítrio e dogma por exemplo.
No aspecto do direito natural, a liberdade de consciência é atributo da pessoa. A existência do pensar não existe sem ela. No sentido bíblico, a liberdade de consciência deve existir para e pela fé, obter a “Justiça esperada”.Se formos associar as ideias e discussões apresentados pelo autor no livro em relação ao direito