Resenha livro Mobilização Social
MOBILIZAÇÃO SOCIAL: UM MODO DE CONSTRUIR
A DEMOCRACIA E A PARTICIPAÇÃO
O livro escrito por José Bernardo Toro e Nisia Maria Duarte Werneck apresenta os conceitos de mobilização social, democracia e participação, mas mais do que isso, contextualiza ambos à realidade em que vivemos no Brasil e traça a inter-relação entre eles.
Mobilização social é muitas vezes confundida com concentração de pessoas, manifestações, passeatas, etc, contudo, segundo os autores, não são necessários tais atos, é na verdade, a decisão de um grupo em agir por um objetivo comum: “Mobilizar é convocar vontades para atuar na busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um sentido também compartilhados” (p. 5). Os autores fazem uma ressalta no termo “convocar”, essa palavra indica que a mobilização social é um “ato de comunicação”. É necessário que seja divulgada, comunicada, que a ideia se espalhe para que outras pessoas possam se juntar a causa e essa comunicação deve ser planejada para que os ideias da mobilização cheguem ao público de maneira clara e coerente.
Por sua vez, a democracia é uma ordem social caracterizada pelo fato de que as leis são feitas pelas mesmas pessoas que as cumprem e protegem. No entanto, há outras formas de ordem social o que torna a democracia uma maneira de ver o mundo, uma decisão da sociedade e tendo em vista que é de toda a sociedade, deveria haver equidade social, econômica, política e cultural. É aqui que se juntam os termos. Para haver mobilização social, é imprescindível a participação efetiva da população, e juntos, os dois juntos são responsáveis por garantir que a democracia seja cumprida de forma justa.
A mobilização social deve ser devidamente planejada. Segundo Toro e Werneck, os propósitos devem ser bem explicados para que haja qualidade na participação. Esse trecho do livro me remeteu diretamente às