Resenha Laraia
Une-Anhanguera
Resenha
Aluna: Juliana Gonsalves
Goiânia 2015
Laraia passa a primeira parte do livro todo tentando definir cultura, ou pelo menos tentando mostrar como ela foi definida com o tempo. Primeiro, com Tylor, a cultura era única e avançava em estágios da selvageria, passando pela barbárie e finalizando na civilização. Obviamente a civilização seria a Europa (pela época onde a tese foi criada, onde o eurocentrismo se encontrava em alta) e todas as outras sociedades estariam dividas entre a selvageria e a barbárie. E outra ideia que circulava na época juntamente com essa que acabei de citar, nomeada de "Evolucionismo cultural", seria a do difusionismo. No difusionismo também existiria uma única cultura, mas esta seria difundida por todo o globo, e a difusão, provavelmente, teria começado a partir do Egito segundo alguns estudiosos.
Mas vamos a parte mais interessante do livro, na minha opinião, e a mais importante também. Essa primeira parte do livro é toda reservada a conceituação do termo cultura, já na segunda parte Laraia tenta definir o que se encontra em qualquer cultura, como uma criação de leis gerais, e como devemos nos portar frente a uma cultura totalmente oposta a nossa.
Segundo Laraia, todos os povos tendem a dizer que apenas a sua cultura é verdadeira, esquecendo-se que existem outras tantas culturas de igual veracidade e colocando sua cultura frente a demais, denominando-a superior. Pois bem, para ele isto é um erro. Todas as culturas, sem exceção, são verdadeiras, e todas devem ser respeitadas. Nenhuma a superior a outra, podem ser diferentes, mas nunca superiores.
A cultura é dinâmica, ou seja, muda com o tempo. Essas mudanças podem ser demoradas e pequenas, mas ocorrem, e apenas olhos bem treinados para vê-las conseguiram notar.
Cada cultura tem uma lógica própria, e como dizia Boas, devemos entendê-la apartir dessa própria lógica buscando embasamento na história daquela