Resenha Kalunga
Técnico em Informática integrado ao ensino médio
Disciplina: Português
Profa. Regiani Leal Dalla Martha Couto
Aluna: Gabriella Rodrigues Crevelaro
WOLNEY, Custódia. Kalunga. São Paulo: Ícone, 2011 Em Kalunga, a autora em uma linguagem simples e direta, chama a atenção do leitor para o modo que alguns negros viviam na metade do século XX. A obra está dividida em dez capítulos. O foco narrativo está em primeira pessoa. Em 216 páginas Wolney mostra como os negros eram tratados no século XX e o que uma moça negra teve que passar para conquistar o pouco que conseguiu em sua vida. Nos primeiros capítulos vemos Bernadete (tratada apenas por Berta no decorrer do livro) contando sobre sua infância e a comunidade Kalunga em que ela vive. Onde a autora mostra que em pleno século XX as pessoas não precisavam de muito para viver. Era o povo cuidando do próprio povo. Então vemos Berta tendo que se acostumar com uma maneira totalmente nova de viver após ter sido raptada por um chefe de uma tribo de índios nômades. A autora mostra que mesmo sem a vontade da personagem, ela é obrigada a se acostumar com essa maneira de viver, mesmo sem falar o mesmo idioma que sua nova família. Wolney constrói uma personagem guerreira que mesmo grávida e exausta luta para achar sua felicidade e consegue fugir daquela tribo, volta para sua família e acha um rapaz (até então amoroso e responsável) para ser seu marido e pai adotivo dos filhos que ela esperava. A partir desse ponto, Wolney mostra a guerra psicológica pela qual Berta tem que passar, com seus filhos, seu marido que deixa de ser amoroso e passa a ser um homem insensível, e uma inesperada mudança para a cidade, onde os negros ainda não eram bem vistos pela sociedade, e mesmo com tudo isso, Berta vence as dificuldades e mostra que todos podem ser felizes um dia. Assim, percebemos que a autora passa ao leitor as dificuldades que podemos encontrar na vida, independente de cor ou sexo, e que