Resenha - juazeiro e caldeirão: espaços de sagrado e profano
Juazeiro e caldeirão: espaços de sagrado e profano
O texto de Francisco Régis Lopes Ramos conta a história de Juazeiro e da influência que a cidade teve de Padre Cícero Romão Batista que com seu carisma religioso promoveu o crescimento da cidade e de sua economia Depois de passar cinco anos no seminário, Padre Cícero vai lecionar em um colégio do Crato. Após celebrar uma missa na Capela de Nossa Senhora das Dores em Juazeiro, a pedido de alguns amigos, resolveu se fixar como pároco no local, até então sem serviços religiosos. Em 1889, Padre Cícero começou a fica conhecido por conta do chamado “Milagre de Juazeiro” (quando o Padre deu a hóstia a Maria de Araújo, a hóstia se transformou em sangue), isso fez com que muitos devotos fossem para Juazeiro pelo desejo de entrar em contato com o milagre e por pensarem que “Padre Cícero poderia realizar curas e aliviar sofrimentos.” (p.348). Depois da avaliação de duas comissões de inquérito, pedidas pela igreja, concluíram que não houve milagre e Padre Cícero foi proibido de exercer suas atividades religiosas. Somente em 1898, após uma viagem a Roma, ele é recebe autorização para voltar a celebrar missas, menos em Juazeiro e arredores. Durante as descrições sobre os acontecimentos e sobre a vida de Padre Cícero, o autor dá ênfase ao gosto do Padre pelas fotografias e principalmente pela sua imagem, o que prova porque na “cidade sagrada” começava a crescer a “cidade profana”. Este termo foi dado ao comércio de confecção religiosa que crescia em Juazeiro, em sua maioria imagens e estatuetas de Padre Cícero. Foi nessa onda de crescimento econômico que Juazeiro se tornou independente de Crato, em 1911 e Padre Cícero, que já trabalhava pela emancipação de Juazeiro foi o primeiro Prefeito da cidade. Padre Cícero morre em 1934. Isso não interferiu na religião da cidade, pelo contrario, ela aumentou. Até hoje os romeiros visitam Juazeiro e repetem seus rituais sagrados. Outro movimento na cidade nesta