Resenha joseph schumpeter - capitalismo, socialismo e democracia
Fichamento realizado por Stefany Kirsten, graduanda em Ciências Sociais no período noturno.
Joseph Schumpeter foi um grande economista da primeira metade do século XX. Nascido em 1883, o autor rompe com a teoria clássica da democracia quando escreve, em 1942, a obra “Capitalismo, Socialismo e Democracia”. Schumpeter, ao longo dos dois capítulos, vai desmitificando alguns conceitos, apontando suas falhas lógicas e racionais. Por exemplo, um conceito interessante do autor é o que ele diz que a soberania popular se limita a simpatizar, ou não, com um candidato a líder e aceitar, ou não, suas propostas e iniciativas. Os eleitores, para ele, não decidem casos, nem membros do parlamento; o mesmo, inclusive, ocorre com os desejos destes membros do parlamento, já que não são a condição suprema do processo que resulta na formação do governo.
Segundo ele, a democracia do século XVIII é um “arranjo institucional para se chegar a certas decisões políticas que realizam o bem comum” (p. 307). Este “bem comum”, segundo ele, é de fácil entendimento para qualquer indivíduo. É explicada também a definição de vontade comum: trata-se d’a “vontade de todas as pessoas sensatas” (p. 307), correspondendo a interesses, bem-estar e/ou felicidade comuns. Somente a diferença de opiniões quanto à rapidez com a qual deve ser concretizada a meta comum é que causa divergência ou mesmo uma oposição a esta vontade comum. Tendo isso em mente, os membros da comunidade, discernindo o que é bom do que é mau, tomam parte, ativa e honestamente na luta contra o mau e no fomento do bem, controlando, assim, indiretamente, os negócios públicos. Mesmo alguns assuntos que requerem qualidades e técnicas especiais para serem administrados, não atrapalha a premissa, pois esses especialistas agirão no cumprimento da vontade do povo. “Nenhuma dificuldade há com a democracia, exceto, talvez, a maneira de fazê-la funcionar (...). O arranjo democrático não