Resenha Informativa

NAVARRO, Valquíria; PADILHA, Vera Lucia. DILEMAS DO TRABALHO NO CAPITALISMO CONTEMPORÂNEO. Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, Brasil, 2007.

Houve várias transformações no mundo do trabalho na virada do século XX para o século XXI e o desemprego sem sombra de dúvidas, foi a consequência mais devastadora. Todo esse quadro de desenvolvimento científico e tecnológico da época, de todas as inovações operadas na base técnica de produção apenas aliviaram o trabalho humano, posteriormente evidenciando um quadro de intensificação da exploração da força de trabalho e precarização do emprego. A maior contradição nesse processo de mudança dá-se: na falta de emprego para os trabalhadores e o excesso dele para os demais. Nesse período o trabalho passa a ser fundamental para as pessoas, justo que o mesmo corresponde uma importante parte de tempo da vida humana contemporânea. Assim sendo, o trabalho não é apenas um meio de obtenção de bens de necessidade básica, mas sim uma forma do indivíduo se identificar e interagir com a sociedade, mesmo aos indivíduos que se encontram em situação de desemprego. O trabalho, além de ser importante na esfera econômica, tornou-se indispensável na esfera psíquica, ao invés de ser somente fonte de renda, tornou-se indispensável para saúde mental do indivíduo ao mesmo tempo que evidenciava doenças de cunho física, mental e de morte. Partindo do princípio marxiano de que é por meio do trabalho que o homem torna-se um ser social, o trabalho passa a ser compreendido como momento decisivo na relação do homem com a natureza. Lembrando de que o trabalho relatado é o “concreto”, responsável por criar valor-de-uso ao invés de “trabalho abstrato”, que cria valor-de-troca como atividade. Com o desenvolvimento do capitalismo, o trabalho concreto perde espaço para o trabalho abstrato, o uso perde valor para a troca; os produtos não são mais produzidos para serem consumidos até o fim, havendo um descarte prematuro do mesmo. O modo