Resenha- Ilustração

Zeegen, Lawrence. Fundamentos de Ilustração. Porto Alegre, Bookman, 2009.

O livro tem como foco guiar a metodologia da ilustração, tanto para designers e ilustradores quanto para pessoas que queiram obter conhecimento nas artes visuais. A ilustração sempre foi uma espécie de incógnita para o universo visual, assim como, dificilmente aceita no mundo artes, ou até mesmo na indústria do design. Isso ocorria devido à ilustração obter características muito diversas, uma transmissão de ideias e sentimentos próprios do ilustrador, a ilustração era conhecida como a “Arte do Povo”, na qual se contavam histórias sociais e culturais. A ilustração tem o poder de conectar momentos e conectar o espectador, processo que pode durar gerações e ilustrar períodos importantes, com destaque, por exemplo, para as pinturas rupestres, que marcaram uma civilização em que se tem pouco conhecimento, sendo muito dele adquirido através das pinturas nas paredes.
Não existe um momento que possamos apontar como o inicio da ilustração, mas se formos considerar cartazes de guerra, ou até mesmo de pôsteres de metrô, temos relatos em meados da década de 40, porém, se a ilustração for considerada “contemporânea”, os verdadeiros artistas contemporâneos vieram das gerações de 60 e 70, em um momento marcado pelo pós-guerra, consumismo e capitalismo, quando ocorriam diversos movimentos juvenis que se utilizavam de linguagem visual e gráfica. Os movimentos que caracterizaram essa época foram a Pop Art e a OpArt, enquanto que a ilustração definiu o visual do período, como podemos ver em capas de álbuns de música, livros e filmes. Como já dito, a ilustração marcava momentos de uma época e também era influenciada esteticamente pela mesma, como ocorreu com o consumo de drogas alucinógenas e álcool na passagem para os anos 70, processo conhecido como “a década que o bom gosto esqueceu”. Neste período, a ilustração assume uma estética de fantasia, alucinação e ficção científica, quando a ilustração adquire