Resenha: idependecia na historiografia brasileira
2478 palavras
10 páginas
O artigo de Wilma Peres Costa da Universidade Estadual de Campinas tenta recompor de maneira elucidativa os trabalhos históricos que tratam da Independência brasileira, seja sob os aspectos das continuidades, quer seja nos aspectos das rupturas. Nas primeiras páginas, ela já admite não ser uma tarefa fácil, tampouco imparcial, ela explica que selecionou as obras consideradas mais significativas e que estivesse dentro do contexto histórico e institucional de sua produção. Falando dos aspectos contínuos e descontínuos, ela aponta os processos complexos que engendram o estudo da independência do Brasil e sua historiografia, como por exemplo, a instalação da Corte (1808), a condição de Reino Unido (1816), Revolução Liberal do Porto (1821-1822) e o próprio retorno da corte lusitana (1822), deixando um herdeiro legítimo, este último elemento para a autora fora crucial para diferenciar os processos de emancipação política da América portuguesa em detrimento da América espanhola. Dentre aquelas coisas que permaneceram, temos o próprio regime monárquico, reinventado com a Independência e a confirmação do sistema escravocrata, no entanto junto à permanência da monarquia se seguiu a criação de uma constituição, originando uma monarquia constitucional que inseria o Brasil nos fluxos internacionais de produção e comércio. A autora ainda sugere que até mesmo a escravidão tivera que ser redimensionada, visando ser compatível com a edificação de uma ordem viável e de formas de governabilidade que a ela se adequassem.
É sob estes aspectos que W.P. Costa analisa diversos autores que de uma maneira ou outra escreveram sobre a independência. Dentre a seara de autores que discursaram sobre este tema, ela faz considerações sobre aqueles que inovaram na produção historiográfica. No campo dos autores que destacaram as continuidades, ela cita dentre outros, Varnhagen e Oliveira Lima, este publicou sua obra por ocasião do primeiro centenário da Independência e diferentemente da obra