Resenha Hysteria

Universidade Federal da Bahia

Aluna:
Disciplina: História do Feminismo no Mundo e no Brasil
Semestre: 2013.1

Resenha de filme
Nome: Hysteria
Ano: 2011
Diretora: Tanya Wexler

Sob a direção de Tanya Wexler, Hysteria é um longa-metragem que se passa em torno do século XIX. Seu título faz alusão a uma suposta patologia que, há séculos, se associa à irritabilidade feminina ao qual a mulher que não se encaixasse aos valores preestabelecidos, ou seja, qualquer desvio de comportamento, recebia esse denominado rótulo. Completamente natural para uma sociedade, que possuía como métodos tradicionais da medicina: sangrias, cirurgias sem anestesia e sem qualquer assepsia. Os médicos que na verdade eram poucos, inspiravam pouca confiança, já que as Escolas de Medicina só surgiriam no final da Idade Média. Até então, o aprendizado era empírico e excluía importantes conhecimentos como o da anatomia. Nesse contexto, surge um jovem médico que através de suas observações põe a ideia de desenraização desses métodos com a intenção de oferecer tratamentos sobre outro ponto de vista, contestando ativamente as práticas em questão – porém não obtém credibilidade alguma. Amparado por um famoso especialista em tratamentos femininos, o jovem que não possuía qualquer conhecimento a respeito da medicina feminina, o auxilia nesses procedimentos que operavam verdadeiros milagres entre as mulheres que diariamente iam insatisfeitas ao consultório. Essa insatisfação denuncia uma mazela maior, um problema crônico na sociedade, despercebido ao jovem médico e mais ainda ao renomado Doutor. Por acreditar que sua origem encontrava-se no útero, tratava suas pacientes com longas massagens na vagina, provocando sensações de prazer sexual. Com a contratação do jovem Doutor, o local passa a duplicar o número de pacientes que encontram no consultório o local em que conseguem extravasar seus desejos reprimidos. Em contrapartida, pelo grande número de