Resenha: filme tempos modernos

RESENHA: TEMPOS MODERNOS

Tempos Modernos é um filme de 1936, produzido pelo Britânico Charles Chaplin, sendo hoje um dos filmes mudos mais famosos, que mostra a vida urbana nos Estado Unidos nos anos 30, logo após a crise de 1929 que levou grande parte da população ao desemprego e a fome.

O protagonista interpretado por Chaplin é empregado de uma grande indústria, na qual as relações de trabalho se baseiam no Fordismo, sistema de produção mecanizado com base na linha de montagem e especialização do trabalho. O objetivo do modelo era reduzir os custos e o tempo de execução das tarefas, assim barateando os produtos.

O filme faz uma crítica ao capitalismo selvagem e ao mundo moderno, onde o operário é comparado a um animal, sem valor algum. Os trabalhadores vigiados o tempo todo, eram alienados pelo trabalho excessivo, com movimentos repetitivos no aperto dos parafusos, sem horas de descanso. Após o término dos turnos de trabalho e não suportando mais a pressão, Chaplin começa a enlouquecer, perdendo a razão.

Em sua crítica humorada, Charles Chaplin mostra as desigualdades entre as famílias pobres e ricas, representando as diferenças nas perspectivas de vida de cada uma. É evidente que os trabalhadores de fabricas eram quem alimentavam todo conforto e diversão da burguesia. Cenas como a de Chaplin e a menina órfã conversando no jardim de uma casa, ou aquela em que se encontram em uma loja de departamento, ilustram bem essas questões.

Em um episódio do filme o personagem se envolve em uma confusão, que por engano a policia o prende como líder grevista. Após ser liberto se depara com uma dura realidade: A pobreza. Chaplin faz de tudo para voltar para a prisão, onde tinha a vida ganha.

Com relação aos dias de hoje, percebemos que apesar das melhorias dos direitos para os trabalhadores, e das tecnologias das máquinas, continuamos com a mesma realidade. Vivemos com muitos protestos e greves e também temos a mesma visão de que o empregado é apenas um