Resenha: filme “com o dinheiro dos outros”
O Filme com o dinheiro dos outros trata de forma divertida aspectos importantes do capitalismo.
A história apresenta dois perfis contraditórios de empresários: de um lado, nos aparece um homem honrado, industrial de sólidos princípios, que herdou uma fábrica de fios e cabos e as tradições de sua geração anterior. O empresário segue um estilo tradicional de gestão, rígido, baseado em relações pessoais e decisões com grande peso do lado emocional. Pensa nos seus princípios e valores, acima de qualquer desejo ou possibilidade de aumentar seus ganhos. Por outro lado, conhecemos a caricatura humana do lado mais violento do moderno capitalismo, sendo ele o mais odiado pelo socialismo: a única coisa que interessa para este personagem é o lucro; quanto maior e mais imediato for o lucro, melhor. Isso é uma realidade tão facilmente identificada, que n a obra seu apelido é “O Liquidador”, já que, uma de suas manias é comprar e liquidar empresas que não estejam sendo extremamente lucrativas. O personagem declara com todas as letras: a coisa que mais gosto é o dinheiro. Tem um comportamento, predominantemente impessoal, objetivo e persistente na busca do maior ganho financeiro possível. Além disso, o filme apresenta, já naquela época, a necessidade das empresas se adaptarem às rápidas e imperativas transformações que vêm ocorrendo no mercado. O filme nos permite identificar claramente o perfil de um investidor agressivo, que busca de todas as maneiras aumentar, o mais rápido possível, seu capital. De certo modo, o filme tenta retratar a voracidade do mercado financeiro e como se portam grandes investidores desse mercado. É um filme interessante no aspecto acadêmico para conhecermos um pouco mais dos conceitos e práticas do mercado de capitais. Por outro lado, considero a negatividade do filme em relação ao aspecto humano, já que, desde o princípio, o dinheiro é declarado e tratado efetivamente como mais valioso que as