Resenha filme alexandria

ALEXANDRIA

ÁGORA. Alejandro Amenábar. Espanha: Flashstar, Imagem Filmes, 2011.
O filme Ágora, lançado em 2009 na Espanha, pelo diretor Alejandro Amenábar, retrata a história de Hipátia (interpretada pela atriz Rachel Weisz), filósofa e professora em Alexandria, no Egito entre os anos 355 e 415 da nossa era. Ela ensina filosofia, matemática e astronomia na Escola de Alexandria, junto à Biblioteca. Alexandria é agitada por ideais religiosos diversos: o cristianismo, que passou de religião intolerada para religião intolerante, convive com o judaísmo e a cultura greco-romana. Hipátia tem entre seus alunos Orestes (Oscar Isaac) e seu escravo Davus (Max Minghella), que a ama, sem ser correspondido, e Sinésius (Rupert Evans), adepto do cristianismo. Hipátia não deseja casar-se, e se dedica unicamente ao estudo, à filosofia, matemática, astronomia, e sua principal preocupação, no relato do filme, é com o movimento da terra em torno do sol.
Alexandria é um filme q marca a época de tensão entre cristãos e judeus, mostrando claramente que essa época foi marcada pelo extremismo religioso além de questões como o papel da mulher na sociedade nessa época. Quando a questão religiosa, o filme destaca Cirilo, que foi um grande nome na história cristã e apareceu no filme com a proposta da conversão obrigatória, “quem não era cristão deveria ser apedrejado”, como aconteceu com a protagonista, Hipátia (que foi apedrejada por não se converter ao cristianismo), acusada de bruxaria e ateísmo, mostrando que a mulher tinha que se calar perante o homem e aceitar as suas ordens.
Trazendo o filme para um contexto atual, notamos que muitas coisas mudaram. A mulher conquistou seu espaço dentro da sociedade além da sua “independência” em relação ao homem. Quanto à forma de atuação do cristianismo, também está diferenciado. Não tem mais apedrejamento por bruxaria ou ateísmo ou a conversão obrigatória. Porém diariamente convivemos com o extremismo, desrespeito e com a intolerância religiosa,