Resenha Exploradores
Lon Luvois Fuller (1902-1978), estudou direito e economia em Stanford – EUA. Atuou como professor de teoria de direito. Foi autor de oito livros e de artigos ligados à Filosofia do direito. Dentre seus livros, temos “O caso dos exploradores de cavernas”, traduzido para o português em 1976 por Plauto Faraco de Azevedo, doutor em direito pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.
O livro narra uma história fictícia que se passa em maio de 4299. Cinco homens que fazem parte da Sociedade Espeleológica, saem para explorar uma caverna de rocha calcária em uma remota e isolada região. Quando depois de um desmoronamento na entrada da caverna, eles ficam presos. Após a família avisar a Sociedade que os homens não voltaram para suas casas, uma equipe de socorro foi enviado ao local. Mas devido à localização precária, existiram várias barreiras que impediam o sucesso do resgate. Entre esses, um novo desmoronamento de terra em que dez operários contratados morreram.
Vinte dias após sua entrada na caverna, foi sabido que os explorados haviam levado um rádio de comunicação, e logo se estabeleceu um meio de conexão entre a base e o interior da caverna. Queriam saber quanto tempo ainda seria necessário para que acontecesse o resgate e quanto tempo mais poderiam sobreviver sem comida. Foi informado de que o salvamento poderia demorar mais dez dias e que talvez eles não resistissem por mais esse tempo sem comida. Os homens então questionaram médicos sobre a possibilidade de se alimentarem de carne humana, e souberam que seria possível sobreviverem assim.
Roger Whetmore, um dos cinco exploradores, propõe ao grupo que tirem a sorte a fim de matarem um dos cinco para servir de comida aos demais. Primeiro a ideia foi tida como absurda pelos companheiros de caverna. Mas depois, o instinto de sobrevivência falou mais alto. Whetmore trazia consigo um par de dados e recomenda que a sorte seja tirada através do lançamento deles.