Resenha: Existência e perda (Pompéia, 2010)
Pompéia inicia o capitulo explanando sobre as mudanças que o sujeito passa ao longo de sua vida, as quais podem ser representadas também pela perda, esta pertencendo à condição de existência.
A autora se atém a mudanças que significam perda, dentre as quais focará as perdas que afetam diretamente o corpo. Toda perda gera sofrimento, embora tenham graus diferentes, assim como podem ser das mais leves até as mais radicais, irreversíveis.
Embora a perda seja característica aos seres vivos, o homem significa esta perda.
Partindo do conceito fenomenológico de ser-no-mundo, de ser corporal como modo de ser dos homens, a perda de um membro significa a alteração no modo de ser no mundo.
O sentido da vida e a perda estão estritamente relacionados, é peculiar a vida a busca deste sentido, pela qual valerá a pena viver, e o qual norteará sua vida. Embora seja fundamental a vida, se difere das outras necessidades básicas, por não apenas ser fundamental a vida, mas também para a morte, o sujeito pode sacrificar sua vida por um ideal, sem ser considerado um ato patológico, pelo contrário, como um gesto heroico. Nas palavras da autora “o vigor de um ser humano para oferecer a vida para um ideal é o mesmo que ele tem para por esse ideal”.
O sentido da vida pode empobrecer e por isso a vida “perder a graça”, assim como pode apagar completamente, que geraria uma depressão profunda, e paralização da vida, a pessoa se torna inalcansável e pode precisar de intervenção terapêutica.
Podemos associar este sentido de vida, ao que compreendemos ser um “sonho”, este sentido se articula com o que o sujeito sonha para si e para o mundo. Não fala-se de um sonho como uma fuga da realidade, mas como um ideal, a autora exemplifica citando o Martin Luther King, um ótimo exemplo visto que repetiu intensamente a frase “Eu tenho um sonho”, que se referia ao seu desejo de melhorias para o mundo.
Quando dizemos que alguém está lutando por um