Resenha Eu Etiqueta
Eu, etiqueta
Grasieli Alves Telatin
Antropologia Teológica Daniel Eugênio
O autor usa uma comparação dos diversos nomes de etiquetas de roupas que usa com o verdadeiro nome de batismo, o qual em nenhum momento é salientado, e que fica num segundo plano quando se expõe tantas marcas famosas.
Ele se sente como que perdendo a própria personalidade, uma vez que será julgado pelas roupas que veste e pelos símbolos pregados nos modelos da moda que estão pendurados em seu corpo.
No modelo capitalista você é rico se usa “aquela marca famosa” ou pobre caso não ostente nada da moda. Você é analisado quanto ao seu gosto musical como punk, roqueiro, fashion, new age, sertanejo, pop, e outros tantos, mas na verdade, ninguém te viu ouvindo música nenhuma.
Julgam seu comportamento que deverá se enquadrar em algum rótulo criado pelo capitalismo para menosprezar aqueles que não usam a tal famosa marca e assim vender cada vez mais.
E a sua personalidade, seu gostos reais, suas opiniões, aquilo que se trás de berço, que acompanha seu nome, que mostra seu caráter, que está escrito no íntimo do seu ser, ninguém quer saber.
Interessa sim se você está na moda e se faz parte do grupo de elite, aqueles que a sociedade considera serem os melhores graças ás roupas que usam.
Interessa saber qual a marca que está estampada em sua camisa, calçado. São capazes de adivinhar qual a bebida que você prefere e quais os lugares que freqüenta, apenas pelo perfume e calça e sapatos que usa.
Neste modo capitalista de julgar, o autor se sente como um homem outdoor, fazendo propagandas, gratuitas, daquilo que ele nem acredita. Se sente perdendo a personalidade.
O poema critica ainda o estrangeirismo usado nos anúncios que carrega no “corpo”, uma vez que as grandes marcas são assim consideradas, nem sempre por sua qualidade, mas por terem um nome em outra língua, que se julgará achando ser companhia multinacional ou