Resenha epidemiologia e saúde
ROUQUAYROL,
Maria
Zélia;
ALMEIDA
FILHO,
Naomar
de.
Epidemiologia e Saúde. 6 ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. (Capítulos: 1, 7, 8 e 9).
No primeiro capítulo, “Uma breve história da epidemiologia”, o autor
Naomar de Almeida Filho traz uma breve história da epidemiologia no mundo, passando pela crença grega sobre as filhas de Asclépios, Panacéia e Higéia, de onde nasceram os conceitos de higiene e higiên ico, até alçar sua estruturação como campo científico.
Seguindo pela a história, muitos autores acreditam que o conceito da epidemiologia nasceu com Hipócrates, pois suas escrituras e textos sobre as epidemias e distribuição de enfermidades nos ambientes, antecipam o
“raciocínio epidemiológico”. Porém, seus herdeiros intelectuais reprimiram o espírito coletivo dos ensinamentos, estabelecendo o individualismo, além de comercializar a saúde através de seitas.
O autor relata que na era romana, o imperador Marco Aurélio, contribuiu para a história da epidemiologia com a introdução do registro de nascimentos e óbitos da população, o que viria a se tornar as estatísticas vitais.
A medicina árabe foi muito importante para a epidemiologia, alcançando seu apogeu no século X. Seus médicos fundamentaram uma prática precursora da saúde pública com alto grau de organização, consolidando desde registros de informações demográficas e sanitárias a sistemas de vigilância epidemiológica e atos de higiene individual.
A tradição anglo-saxônica considera o médico Thomas Sydenham como precursor da ciência epidemiológica. Já a francesa , aponta que os primeiros passos para a medicina clínica conectam a uma questão veterinária, onde na época, a Sociedade de Medicina de Paris organizou-se para que seus médicos investigassem sobre a morte de rebanhos ovinos, que estava surtindo em grandes prejuízos para a indústria têxtil francesa, a fim de eliminar a doença. Nesta época também, os médicos passaram a gerir os hospitais em