Resenha – Ecologia Política e Estratégias de Sustentabilidade: uma Reflexão Teórica
Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável
Disciplina: Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
Prof.º Mário – Discente: Laade Lima
Resenha 2 – Ecologia Política e Estratégias de Sustentabilidade: uma Reflexão Teórica
Atualmente, a sustentabilidade é palavra dotada de uma irrefutável polissemia. Entre as discussões que potencializam a sustentabilidade como alternativa única num cenário caótico de depredação do ambiente, outra discussão travada ainda nos anos 1960, permanece como elemento balizador de algumas questões relativas à sustentabilidade. Essa discussão associava crescimento populacional à garantia da manutenção dos padrões atuais de recursos naturais para as gerações posteriores.
A imutabilidade nos processos de produção de alimentos e a inexistência de possíveis alternativas à “inexorável” pressão populacional não consideraram a variável tecnológica. Modelos mais contemporâneos consideram como central essa variável e apresentam alternativas que negam o pressuposto da estagnação.
Nesses modelos, a pressão advinda do crescimento populacional seria, portanto, o elemento propulsor das mudanças tecnológicas ou de organização social que ocorreram nas formas de produção da sociedade. Incluem-se nessas novas tecnologias, aquelas resultantes das mudanças institucionais. Enquanto formas atuais das mudanças no acesso e uso dos recursos naturais, as alterações nas formas de gerir tais recursos são significantes.
O modelo apresentado por Boserup (1987), para explicar o desenvolvimento da agricultura, adota a perspectiva de que as mudanças tecnológicas são, na maioria das vezes, escolhas oriundas da pressão populacional sobre os recursos. O eixo de sua análise recai sobre a frequência do cultivo. Este conceito é tomado no intuito de relacionar mudança técnica e fatores econômicos à posse e uso da terra, e desta forma, a autora propõe demonstrar que a mudança tecnológica não é um fator