Resenha dos 2 primeiros capitulos do livro "Uma outra globalização", de Milton Santos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANSA
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA GEOGRAFIA ECONÔMICA – 4º PERÍODO
PROFESSORA: JÚLIA LOBATO MOURA
ALUNO: RUY CAVALCANTE DE OLIVEIRA SOBRINHO

24.11.2014

Resenha referente aos dois primeiros capítulos do livro “Por uma outra globalização”, de Milton Santos.

OBRA:
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: Do pensamento único à consciência universal. 6ª ed. Rio de Janeiro: Editora Record, 2001, pp.17-36.

Neste livro, Milton analisa criticamente o atual cenário capitalista, demonstrando pessimismo com o modo de produção caracterizado pela globalização, entretanto sua principal defesa é a de que é possível reverter este fenômeno quanto a sua utilidade, podendo agir (a globalização) para o bem da humanidade, o que revela também certo otimismo do autor. Esse aparente dualismo de ideias é explicado pelo autor ainda no prefácio da obra, quando diz que “Na realidade, o que buscamos foi, de um lado, tratar da realidade tal como ela é, ainda que se mostre pungente; e, de outro lado, sugerir a realidade tal como ela pode vir a ser, ainda que para os céticos nosso vaticínio atual apareça risonho” (SANTOS, 2001, p.13).
Dando início ao tema proposto, Milton apresenta-nos um mundo (ou a percepção do mundo) fabricado pelo homem, fascinante, porém irreal, utilizando a expressão “o mundo como fábula”. Este mundo, segundo o autor, é construído por meio de imagens e informações que atuam em nosso imaginário, mas que estão a serviço do império do dinheiro. Trata-se, portanto do que poderia ser chamado de a globalização do desejo, uma vez que este mundo fabricado nos faz acreditar que seja extraordinariamente avançado, mas na pratica se fundamenta apenas em fábulas que nos deixam alheios ao verdadeiro motivador da globalização, a saber, o sistema monetário. Dessa forma ele nos apresenta a concepção de três mundos que formam um só, a fim de que fujamos dessa falsa percepção da realidade. São eles