Resenha do texto “Cultura Popular”: revisitando um conceito historiográfico, de Roger Chartier.

309 palavras 2 páginas
Neste texto, o autor identifica cultura popular como pertencente à cultura

erudita. Pois suas práticas estão diretamente subordinadas à uma cultura

dominante.

Para Chartier, a definição de cultura popular é baseada em dois modelos:

um faz alusão a uma cultura dominante, e o outro que concebe como um

sistema simbólico autônomo. Estas duas definições tem sido um modelo que

se opõe a idade de ouro da cultura popular, onde era vista como algo sem

qualificação, que levavam à situações constragedoras.

Ele destaca que os artistas que realizam movimentos destinados às

camadas populares, não se identificam como artistas populares, justificando

esse fato, através de que os valores são produzidos pela sociedade. Para isso,

o autor da ênfase nas divisões da sociedade e em suas maneiras.

Ressalta também a mudança de atitudes por meio da população,

diferenciando os anos de 1500, onde a cultura popular era vista como uma

única cultura para todos e uma segunda cultura para os instruídos, e os anos

de 1800, onde o clero, os nobres e comerciantes abandonam a cultura popular,

provocando uma grande segregação entre as camadas da sociedade. Daí,

uma época de “aculturação”. Onde lhe foram proibidas as camadas menores,

de exercer aquilo que lhes foi deixado, suas culturas enraizadas, se tornando

vítimas de sua própria cultura.

Assim, destaca-se a cultura de massa como uma das grandes

responsáveis para esta designação da cultura popular. Onde eram oferecidos

novos atrativos providos dos meios de comunicação, que mascaravam a

cultura antiga. Porém, a cultura de massa foi incapaz de esconder as práticas

que lhes foram deixadas.

Portanto, o autor deixa claro, que o que é popular não se é encontrado

em coisas materiais e sim nas suas práticas

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