Resenha do texto “Cultura Popular”: revisitando um conceito historiográfico, de Roger Chartier.
erudita. Pois suas práticas estão diretamente subordinadas à uma cultura
dominante.
Para Chartier, a definição de cultura popular é baseada em dois modelos:
um faz alusão a uma cultura dominante, e o outro que concebe como um
sistema simbólico autônomo. Estas duas definições tem sido um modelo que
se opõe a idade de ouro da cultura popular, onde era vista como algo sem
qualificação, que levavam à situações constragedoras.
Ele destaca que os artistas que realizam movimentos destinados às
camadas populares, não se identificam como artistas populares, justificando
esse fato, através de que os valores são produzidos pela sociedade. Para isso,
o autor da ênfase nas divisões da sociedade e em suas maneiras.
Ressalta também a mudança de atitudes por meio da população,
diferenciando os anos de 1500, onde a cultura popular era vista como uma
única cultura para todos e uma segunda cultura para os instruídos, e os anos
de 1800, onde o clero, os nobres e comerciantes abandonam a cultura popular,
provocando uma grande segregação entre as camadas da sociedade. Daí,
uma época de “aculturação”. Onde lhe foram proibidas as camadas menores,
de exercer aquilo que lhes foi deixado, suas culturas enraizadas, se tornando
vítimas de sua própria cultura.
Assim, destaca-se a cultura de massa como uma das grandes
responsáveis para esta designação da cultura popular. Onde eram oferecidos
novos atrativos providos dos meios de comunicação, que mascaravam a
cultura antiga. Porém, a cultura de massa foi incapaz de esconder as práticas
que lhes foram deixadas.
Portanto, o autor deixa claro, que o que é popular não se é encontrado
em coisas materiais e sim nas suas práticas