Resenha do texto "o ego e o id" de freud
A premissa fundamental da psicanálise é a divisão entre consciente e inconsciente, sendo que “estar consciente”, genericamente, significa a percepção de algo; e inconsciente é caracterizado por elementos psíquicos latentes, ou seja, que demoram certo tempo para chegarem à consciência, ou nem sequer chegam, embora tenham a capacidade de chegar. A teoria psicanalítica diz que a maioria destes elementos se tornam inconscientes devido à repressão exercida sobre eles, sendo que o papel da análise é trazer insights ao analisado, de modo a burlar a repressão e traze-los à tona, ou seja, faze-los conscientes. Quando o elemento não está totalmente reprimido, ou está sendo “desreprimido” durante a análise e está a um passo de tornar consciente, se diz que ele é pré-consciente.
O nosso aparelho psíquico é dividido em três estruturas: id, ego e superego. O id é a fonte de nossa energia psíquica, ele é formado por nossas pulsões e é regido pelo princípio do prazer. O ego consiste em organizações mentais que controlam toda a nossa interação com o mundo e supervisiona todos os nossos processos mentais, trazendo as percepções do mundo para o nível consciente ou colocando-as em nível inconsciente. Já o superego é um ego idealizado, sendo criado pelas representações sociais de moral que são internalizadas durante a nossa infância. O id, ego e superego não são instâncias separadas, pelo contrário, estão profundamente relacionadas.
O ego nasce da interação do id com o mundo externo, a partir da necessidade de frear as pulsões do mesmo, de modo que o ego tenta fazer com que o id troque o princípio do prazer pelo princípio da realidade, o que pode gerar sofrimento, visto que implica na negação da satisfação imediata das pulsões.
O superego é um herdeiro do complexo de Édipo, ele funciona internalização dos “pais”, mas precisamente das regras e valores passados por eles, de modo que elas se mantêm no inconsciente. O ego também deve amenizar a influência do superego