Segundo Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler se veio dando na sua experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo do pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da sua escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”. Na verdade, aquele mundo especial se dava a ele como o mundo de sua atividade perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de suas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto em cuja percepção experimentava e, quando mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais. Paulo Freire nos lembra que a leitura de mundo precede a palavra, isso nos mostra através de suas experiências de quando nos primeiros anos aprendeu a ler em sua própria casa, no Recife, rodeado de árvores, algumas delas eram vistas como se fossem gente. Sua velha casa, seus quartos, seu corredor, seu sótão, seu terraço – o sítio das avencas de sua mãe, na verdade, aquele mundo descrito por ele, era o mundo de suas primeiras leituras, como acontece na vida de todos nós. O primeiro contato com a leitura, inicia em nossa casa, com a ajuda de nossos familiares. A leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através de uma prática consciente. Paulo Freire, relata que através da leitura nós conseguimos desenvolver criticamente, a nossa visão diante da realidade do mundo. Aborda ainda, as relações da biblioteca popular com a alfabetização de adultos desenvolvida em São Tomé e Príncipe, e mostra a influência da leitura no processo de alfabetização. Segundo Paulo Freire (1982, p.09), “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”. A leitura na vida de uma pessoa acontece antes