Resenha do manifesto do partido comunista
Sociologia e Política
Professora Eliana – Português
Uma utopia sem deus, sem amo, sem pátria.
Publicado em fevereiro de 1848, o Manifesto Comunista, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, constitui-se de um tratado político que teve como objetivo atacar o modelo de produção capitalista e sugerir uma nova forma de organização social, baseada no fim da divisão de classes. Segundo os autores, tal modelo seria possível apenas com a derrubada da burguesia e de todos os valores burgueses, através da revolução. Dentre esses valores, alguns citados são o conceito burguês de família, o papel submisso da mulher, a propriedade privada dos meios de produção, a religião, a educação doméstica das crianças, o direito de herança, a mão de obra infantil nas fábricas e a divisão territorial e cultural entre as nações. As transformações sofridas pelas relações de propriedade ao longo da história serviram como embasamento à viabilidade de uma nova revolução.
O livro também busca explicar a luta de classes como base de todas as sociedades que haviam até então, existindo sempre uma camada opressora e outra oprimida, independentemente do momento histórico. Quanto ao governo atual, ele é visto como um comitê que tem como único objeto tratar dos interesses da classe burguesa, em detrimento do proletariado. A ideia se centralizar todos os instrumentos de produção no Estado tem o objetivo de modificar essa relação.
Além de interpretar a relação entre burgueses e proletários, também é explicado o que seria a relação entre proletários e o partido comunista, sendo que esse último não tinha como objetivo substituir os partidos proletários já existentes, e sim funcionar como um agente unificador dos diversos interesses por eles defendidos. Diminuição da jornada de trabalho, críticas à industrialização e aos baixos salários são, por exemplo, pautas já existentes antes da publicação do manifesto. Logo, embora tais solicitações sejam