Resenha do livro `versos, sons e ritimos`
GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Versos, sons, ritmos. 14ed. São Paulo: Ática, 2008.
Resenha: Versos, Sons, Ritmos. Existe receita mágica para a interpretação de um poema? E para um entendimento abstrato e concreto de uma poesia? Para Norma Goldstein, não! Em Versos, sons, ritmos a autora nos mostra que a análise de um poema é um aprendizado construído em todo o livro. Soma-se a teoria com a prática abordada pela autora. Poemas consagrados pela critica e pelo público servem de ensino-aprendizado. Assim, temos: Carlos Drummond de Andrade, camões, Vinicius de Moraes, João Cabral de Melo Neto e muitos outros.
O livro pode ser dividido em duas grandes partes: a) estrutura inerente a composição física do poema; b) estrutura externa (análise levando em conta o leitor, o contexto, período histórico etc.)
Na primeira parte, Goldstein apresenta-nos elementos que facilitam a compreensão do poema. São características que constituem o corpo físico do poema, a forma de espécies de poemas diferentes quanto a composição. Assim temos quanto ao ritmo, à simetria e a assimetria. E dentro desse conjunto físico temos os sistemas de metrificação que classificam o poema quanto ao numero de silabas usadas em cada verso. Os versos são classificados, pela autora, em versos brancos, poliméricos e versos livres. Não se trata de uma classificação estática. A autora passeia pelas diversas formas em que as estrofes podem se apresentar, como também, pela classificação das rimas empregadas pelo poeta. Esse conjunto de características fônicas serve para que o leitor aprofunde ainda mais sua leitura em relação ao poema. Mas a interpretação não se exaure somente nesse elemento.
Outros fatores auxiliares do leitor são abordados na segunda parte do livro. Trata-se de tudo aquilo que não se encontra implícito no poema, mas que serve de entendimento para a sua leitura. Um desses aspectos