Resenha do livro a identidade cultural na pós modernidade
Nascido em Kingston, na Jamaica em 3 de fevereiro de 1932, Stuart Hall vive até hoje. Notável teórico cultural que trabalha no Reino Unido. Ele contribuiu com obras chave para os estudos da cultura e dos meios de comunicação, bem como para o debate político. Esta obra de Hall nos alerta que em um mundo de fronteiras divididas e de continuidades rompidas, as velhas certezas e hierarquias da identidade, têm sido postas em questão. O sujeito que outrora era visto como tendo sua identidade imutável, hoje é um ser fragmentado, rico em pluralidades culturais. O livro analisa a crise na pós-modernidade onde observamos três concepções de identidade: º Sujeito do iluminismo: aquele que é centrado em si mesmo, nas suas capacidades e razões. º Sujeito sociológico: aquele que cria sua identidade baseando-se em outras, baseia-se numa sociedade, sujeito este não auto-suficiente e autônomo. º Sujeito pós-moderno: aquele que possui uma identidade móvel, onde sistemas culturais nos influenciam e os influenciamos mutuamente.
A globalização é um dos aspectos abordados na obra, de maior relevância, pois este está relacionado ao caráter da mudança da modernidade. As sociedades modernas diferem das tradicionais por serem mutantes e tais mudanças são rápidas e passageiras. Nesta sociedade moderna, não há nenhum centro ou ponto focal único, ela está constantemente sendo descentrada e fragmentada.
‘’A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia’’. (Hall, 1987)
No decorrer de tais mudanças na sociedade, o sujeito moderno adquiriu elos coletivos com os seus e sujeitos de outras tribos, surgindo assim um deslocamento cultural que por sua vez gerou a descentralização. A globalização está atingindo todas as culturas, portanto temos uma ‘’homogeneização global’’.