resenha do livro "a festa de babette"
A história se passa numa península da Dinamarca no ano de 1871, onde duas irmãs, devotas de seu falecido pai, um rigoroso pastor luterano, pregavam a salvação através da renúncia. Babette é uma mulher desconhecida que lhes bate à porta em busca de trabalho e abrigo, e que mais tarde revelaria que seria uma refugiada da guerra civil francesa.
Esse pequeno vilarejo era composto por famílias extremamente religiosas, com regras, deveres e devoções específicas. Assim que chega, Babette observa que todos na vila possuem um hábito “um tanto curioso” referente ao ato de comer; alimento básico apenas para sobrevivência, sem cor, sem sabor ou algo que estimule o sentido do paladar. No início, Babette tentou recompor o que uma vez foi esse tipo de alimentação e aos poucos, utilizou de seu aprendizado para oferecer mais sabor aquela comida e aos poucos tentar modificar a mentalidade dos aldeões.
Babette de certo renunciou sua terra natal, mas não os velhos hábitos franceses, o único vínculo que Babette tinha com sua ex pátria era um parente que lhe comprava bilhetes de loteria. Certo dia, Babette recebe uma correspondência avisando-lhe que havia sido premiada na loteria com dez mil libras. Porém, Babette decide antes de ir, oferecer um jantar para as duas mulheres que lhe acolheram e seus respectivos convidados em forma de agradecimento por sua hospitalidade. Com uma certa insistência Babette consegue a autorização para preparar o jantar, no qual todas as despesas referentes ao mesmo seriam de sua responsabilidade.
As irmãs, começam a se preocupar quando avistam a chegada de um barco contendo especiarias outrora nunca vistas e conhecidas por elas, tartarugas, codornas vivas, todo tipo de ervas e frutas, o que despertou uma certa inquietude nas irmãs e até um desconforto, porém, acanhadas de rejeitar o pedido e a gentileza de Babette elas optam por uma segunda solução: Reunir todos os convidados do jantar, um dia antes, para uma conversa e algumas