Resenha do livro "São Bernardo"
Graciliano Ramos, nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em Outubro de 1892. Após concluir o segundo grau em Maceió, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde passa a trabalhar como jornalista. Volta para Alagoas em 1915, onde se casa e torna-se pai de quatro filhos.
Publicou seu primeiro livro, “Caetés”, em 1933, ganhando o prêmio Brasil de Literatura. Entre 1930 e 1936, morou em Maceió, trabalhando como editor, professor, diretor da Instrução Pública do Estado e publicando seus livros. Foi preso político no governo de Getúlio Vargas e filiou-se ao partido comunista do Brasil em 1945.
Seus livros apresentam um caráter crítico e inquisidor às mazelas da sociedade brasileira, especialmente em relação à miséria existente no nordeste. Adoeceu em 1952 e faleceu devido a um câncer no pulmão em Março de 1953 aos 60 anos.
A história em “São Bernardo” é uma narrativa feita por Paulo Honório, que conta como ele conseguiu suas posses, a fazenda de São Bernardo. Os primeiros capítulos abordam o passado mais distante do protagonista, menino órfão que aos dezoito anos é preso por esfaquear um homem que dormira com a mulher com que Paulo Honório tivera sua primeira relação sexual. Na prisão ele aprende a ler e se determina a conseguir uma vida abastada fora da prisão.
Ao sair da prisão após três anos de confinamento, Paulo Honório começa a fazer toda a espécie de negócio, adquirindo experiência financeira e passando por todo o tipo de adversidade, aprendendo a safar-se e obter lucro, mesmo tendo que valer-se de meios antiéticos.
Quando consegue uma quantidade razoável de dinheiro, retorna para sua terra natal, Viçosa, onde planeja comprar a fazenda de São Bernardo, onde havia trabalhado na juventude. Lá, descobre que o herdeiro das terras, Luís Padilha, é um jovem inexperiente viciado em jogos de sorte e bebida, então Paulo Honório torna-se amigo do rapaz e ao conquistar sua confiança. Aos poucos