RESENHA DO LIVRO "ESCOLA DO JORNALISMO"

A ESCOLA DO JORNALISMO: O PODER DA OPINIÃO PÚBLICA
Húngaro naturalizado americano, Joseph Pulitzer foi considerado um dos melhores editores de jornal do mundo. Foi um dos pioneiros na defesa de uma formação a nível universitário em uma faculdade de jornalismo, chegando a conceder uma generosa quantia à Universidade de Colúmbia para criação de uma escola de Jornalismo. Pulitzer dá nome ao prêmio outorgado aos profissionais que realizem trabalhos de excelência nas áreas do jornalismo, literatura e música.
O livro “Escola do Jornalismo: A opinião pública” surge num período em meio as críticas e indagações sobre as propostas do autor sobre a implantação de uma escola de jornalismo na universidade de Columbia. Naquele momento, muitos não viam a necessidade de uma especialização na área. Com o mundo inteiro em constante desenvolvimento, percebeu-se que o jornalismo não poderia ficar atrás, pois é ele o responsável por informar sobre tais avanços da sociedade. Pulitzer via que era necessário quebrar o conceito de “jornalista nascido feito”, aquele que não necessita de uma capacitação. “Toda inteligência precisa de aperfeiçoamento. A mais alta se beneficia com ele, a inferior não tem chance alguma em ele” (p.11).
Mais à frente o autor afirma que ética e moral não podem ser aprendidos no âmbito de uma universidade, admitindo que nenhuma instituição de ensino pode dar imaginação, iniciativa, impulsos, entusiasmo, senso de humor ou ironia, pois a educação não cria, ela desenvolve. Se mostra partidário à ideia de que não se pode jogar uma jornalista numa redação e fazê-lo aprender “na marra” como prosseguir com sua função. “Ninguém numa redação tem tempo ou vocação para ensinar a um repórter cru as coisas que deveria saber antes de realiza o mais simples trabalho jornalístico” (p.16). São citados inúmeros nomes de pessoas que não tiveram instrução acadêmica, como John Stuart Mill e o próprio Joseph Pulitzer, mas isso não significava, segundo ele, que fosse desnecessário