RESENHA DO LIVRO CAPITÃES DA AREIA
Por Jorge Amado, vemos uma Bahia dominada por garotos sem teto, que não tem pai nem mãe, descalços a todo tempo, vivendo de furtos e correndo pelo areal das praias baianas, descobrimos em Capitães da areia, um universo realista e ao mesmo tempo encantador, que é surpreendente por ser uma obra antiga, mas que não deixou de ser autentica e que ainda se faz muito contemporânea. Contando os fatos do cotidiano de várias crianças abandonadas, podemos ver que não é muito diferente da realidade que nós encontramos nas rua da cidade de São Paulo e em tantas outras cidades. Crianças, meninos e meninas de todas as idades, roubando, se prostituindo, vivendo uma vida precária e que na maioria das vezes não tem um futuro promissor. Assim como é retratado no livro, essas crianças não tiveram nem a chance de ter uma família, enquanto outros nem se quer sabem a definição de certa palavra. É um livro muito envolvente, que prende o leitor pelo seu conteúdo, que se relaciona com o drama e o romance, um romance que sai da mesmice que nos passa na cabeça quando pensamos em romance, ou seja, um lindo casal apaixonado a beira-mar. Pode até não ser atrair leitores mais jovens pela sua sinopse ou até mesmo pela sua descrição oral, pois não parece muito interessante, para alguém que não procure algo sobre o assunto, ler um livro que aborda algo que vemos todos os dias, crianças sem teto. Capitães da Areia, que se passa nas terras baianas, trata como assunto principal a vida de um grupo de ladrãozinho eu moram em um trapiche e tem Pedro-Bala como seu protagonista que é o chefe do grupo.
Loiro, olhos claros e com um único defeito no rosto, uma cicatriz que ele ganhou por uma navalha durante uma briga que decidiria quem comandaria o grupo dos meninos. Pedro, filho de um revolucionário se passaria, se quisesse, facilmente por um menino bem educado e vindo de uma boa família, assim como faz seu companheiro, Sem-pernas que comove senhoras com uma