Resenha do Filme O Artista
Na trama, o galã George Valentin (Jean Dujardin) sequer tenta se adequar à nova realidade. É o tipo de ator à Rodolfo Valentino (a semelhança no nome não é por acaso) que estava habituado a exagerar nas feições para suprir a falta de diálogos. Orgulhoso, Valentin não acredita que os talkies substituirão os filmes mudos e acaba defasado, enquanto sua fã Peppy Miller (Bérénice Bejo), que deve sua carreira a Valentin, aos poucos torna-se uma estrela do sonoro no ex-estúdio do galã
**igual à dos filmes antigos pode gerar estranheza), é capaz de tocar mesmo o espectador que nunca viu um filme mudo - ou mesmo preto-e-branco. Difícil errar com o sorriso largo de Dujardin e um cão como o terrier Uggie (a dupla formada para acentuar o caráte
Em tempos de filmes 3D explodindo na nossa cara e surround nervoso, assistir algo comoO Artista, totalmente em preto e branco e totalmente sem fala, é uma experiência quase alienígena. Mas é um ótimo alienígena!
O filme conta a história de George Valentin, uma estrela dos filmes mudos, que vê sua vida sofrer um golpe quando Hollywood passa a investir em filmes falados. Orgulhoso, George não aceita a mudança e insiste em produções mudas, o que leva seu nome ao esquecimento, seu casamento ao fim e sua vida financeira à falência. Num contraponto, a jovem atriz Peppy Miller (interpretada por Bérénice Bejo) que conheceu o sucesso com a ajuda de George, desponta numa carreira bem-sucedida como atriz de filmes falados.
O filme conta com momentos engraçados, alguns outros um tanto sombrios, mas no fim o clima romântico prevalece. Mas é estranho para nós, espectadores do século XXI, assistir um filme desses sem que haja um só beijo na boca! Isso mesmo. Porque nos filmes