Resenha do filme A PROCURA DA FELICIDADE com enfoque na teoria marxista
A
teoria marxista se baseia em um conjunto de idéias oriundas de trabalhos
realizados por Karl Marx e Friedrich Engels, que abordam campos filosóficos, políticos, econômicos e sociais, e que tiveram e ainda tem grande expressão em diversos segmentos das atividades e relações humanas. Segundo sua concepção materialista e dialética, todo fenômeno sociocultural é efêmero, através dessa pespectiva a interação com a natureza e com os indivíduos origina a vida material que hoje é a existência dos seres humanos, e a razão passa a ser também modo de construção de uma sociedade mais justa.
Considerando o mundo capitalista, desde sempre houve as chamadas divisões sociais de trabalho, partindo a teoria marxista de que a estrutura de classes não é diferença de classe social para a fundamentação de que a produção se baseia em separar cada vez mais o trabalho e os métodos de produção visando o capital e o trabalho assalariado.
A Procura da Felicidade reflete as referências marxistas abordando a ideia de que o trabalhador ( Chris Gardner, sujeito pobre, pai de família e desempregado) e suas propriedades humanas só existem para o capital ( impostos, aluguel, creche, alimentação).
Se ele não tem emprego, não tem salário, portanto não terá existência. Dessa maneira, o indivíduo parte para um estado de desespero, de procura, em busca do real objetivo, a felicidade. Mas qual felicidade?
Nos dias atuais, para milhares de pessoas o dinheiro (capital) é a razão da felicidade, é ela que trás tudo que sonhamos e almejamos ter. Essa realização é alcançada considerando-se as classes econômicas e o processo de luta, corrida contra o tempo, para
um dia conseguir a chamada felicidade. A história de Chris Gardner pode ser descrita em um trecho do texto base dessa análise, onde:
Em condições de alienação, o trabalho faz com que o crescimento da riqueza objetiva se anteponha à humanização,