Resenha do filme A Onda
O filme alemão A Onda retrata a história de um professor que posto para lecionar sobre a autocracia (assunto o qual não lhe agrada), propõe aos alunos que os mesmos se comportassem como estivessem vivendo o sistema. Democraticamente, o professor é eleito para ser o líder e a partir daí os alunos passam a obedecê-lo. O professor também desvia do foco e deixa se dominar pelos prazeres, tanto positivos quanto negativos, da liderança. Porém, as coisas saem do controle e os alunos tomam um rumo diferente do esperado. A atividade escolar é levada a sério e A Onda, nome que os alunos elegeram para se denominarem, vira uma obsessão para os participantes. Levando a morte de um dos alunos.
Acaba o filme com o professor sendo preso e a imagem que se passa é que ele é o único culpado. Em minha opinião, o professor não deve ser condenado ou acusado de algo. Ele só queria propor uma dinâmica que fizesse os alunos participarem das aulas e se interessarem sobre o assunto. Se os alunos foram extremistas ao ponto de se obcecarem na proposta da atividade de defender uma ideologia ditatorial e levarem isso pra fora da sala de aula, nada de culpa o professor tem que ter sozinho. Ele também mudou e passou a gostar de ser o líder dessa facção, sim. Ele poderia ter alertado seus alunos para não levarem tão ao pé da letra a dinâmica, sim. Mas os grandes culpados – a meu ver – são os adolescentes cheios de hormônios que se exaltaram e excitaram-se em deixar a ideologia da A Onda dominar suas vidas.
Júlia Hadad
Relações Internacionais – 1º semestre.