Resenha do filme a lingua das mariposas
O filme acontece na Espanha, tratando exatamente da influência de um professor no processo de desenvolvimento pessoal, cognitivo, político e social de uma criança, o menino Moncho de sete anos, que nunca havia ido à escola, mas que já sabia ler e escrever, pois seu pai já havia ensinado quando estivera doente. O garoto tinha “medo” de ir à escola, pois pensava que seu professor iria castigá-lo por algum erro que fizesse, ou até mesmo bater por algo que não gostasse, mas em seu primeiro dia de aula, se surpreende ao perceber que seu professor Dom Gregório é muito diferente daquela imagem que ele próprio criou através do que a família lhe falava. São tabus, algo que impede a criança de realizar o ato que precisam ser quebrados. O professor não tinha a visão de que os alunos chegariam a escola sem nenhum conhecimento, todavia, o aluno Moncho demonstra sede desse conhecimento quando o professor faz uma pergunta e ele responde adequadamente, porém percebe-se que ao frequentar a escola perde-se o interesse pela religião.
O professor de Moncho se mostra uma pessoa calma e bem vestida, um professor que sabia conduzir suas aulas ao demonstrar conhecimentos e metodologias para lidar com certos problemas que professores não saberiam em seu cotidiano. A postura de Dom Gregório diante da construção de conhecimentos é de um realista, pois exibe a necessidade de ser um professor que precisa estar sempre inovando, pesquisando e buscando conhecimentos, não dando respostas prontas, mas sim fazendo com que a criança pense a partir de seus questionamentos.
A criança passa a ter boa convivência com o professor e cria-se uma relação de amizade e afetividade, de forma que proporcionou ao aluno conhecimentos desconhecidos por ele até então, e a partir desse momento passa a ter ciência do mundo e de si como um ser social que habita este mundo. O professor Dom Gregório não destrói o pensamento do menino com semelhança ao que os pais dizem, sem