Resenha do filme "nós que aqui estamos por vós esperamos"

O documentário “Nós que aqui estamos por vós esperamos”, que foi dirigido e editado pelo cineasta brasileiro Marcelo Masagão no ano de 1999, teve sua bibliografia do livro “A corrida para o século XXI, no loop da Montanha-Russa” de Nicolau Sevcenko e também da obra “Era dos Extremos” do historiador britânico Eric Hobsbawn. Nesta obra, podemos analisar os principais acontecimentos do século XX e em muitos trechos contados por coadjuvantes desses fatos. Mostrado de uma forma única e muito bem produzida, Masagão ganhou vários prêmios, como o de melhor montagem em 2000, no Festival de Gramado, e de melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem no Festival de Recife. Podendo ser esquematizado, o documentário mostra desde o inicio do desenvolvimento das cidades, como as indústrias e o surgimento dos automóveis, as evoluções na ciência e na arte, interligando os acontecimentos tanto no Brasil como no mundo. Não contém atores, indo do início do século para os fatos dos anos 80 e 90 e retornando ao início do século, em pouco mais de uma hora. Marcelo Masagão trabalhou na junção de vários trechos de filmes, documentários e acervos dos assuntos que aborda em sua obra, dos quais estipula ter gasto cerca de 140 mil reais sendo 80 mil destinados ao custeio de direitos autorais. Iniciando o documentário, são mostradas algumas imagens de arte e balé e em seguida a urbanização das cidades, uma mudança muito drástica onde saíram do uso de animais como meio de transporte predominante para o uso dos automóveis como o Ford T, onde é contada uma pequena história de um operário que trabalhava 12 horas por dia, ganhando 22 dólares pode semana, que nunca pode comprar um Ford T e morre de febre espanhola. Surge também um novo meio de comunicação, o telefone. Grandes mudanças, muitos empregos. A modernidade brotando nas sociedades, mistério até então ocultos começaram a ser desvendados, no mínimo a serem mais questionáveis aos olhares do povo, decifrações dos sonhos por Freud, a