resenha do filme "Intrigas de Estado"
Para um leigo, essas suas perguntas foram muito bem ilustradas no filme “Intrigas de Estado”, do ano 2009 e com diretor Kevin Macdonald. O filme coloca o jornalismo investigativo frente a frente com a velocidade da internet e avalia seus pontos fortes e fracos na luta diária pela notícia.
A história se desenvolve com o a vida agitada e desorganizada de Cal McAffrey, jornalista do Washignton Globe, um periódico dos mais renomados de sua cidade. O protagonista tem muitos amigos influentes e, quando consegue relacionar dois assassinatos a uma conspiração governamental, encontra-se num impasse: um de seus amigos antigos é envolvido. Após bater muito com a cabeça na parede, Carl consegue chegar à verdade, depois de apurar muito, muito mesmo os fatos, de uma forma que eu, particularmente, nunca tinha visto. Como em todo bom filme de suspense, há o clichê da reviravolta total no final do filme, mas, mesmo assim, são muito interessantes os pontos éticos e sensacionalistas do trabalho jornalístico exposto durante a trama. Resumo da ópera: Ele “segue” as normas de ética esperadas de um Jornalista, denuncia seu amigo à polícia e consegue que ele seja preso; o jornal onde ele trabalha garante o furo principal focado no filme ( que é desmascarar a relação fraudulenta de uma empresa armamentista com o governo dos Estados Unidos). A todo tempo, os princípios de Cal são incorruptíveis, a não ser pelo óbvio conflito ético em que se mete ao decidir apurar um caso que envolve um amigo particular. Porém, ele também teve seus pontos escusos: com certeza não é certo raptar uma fonte, por mais mesquinha e egoísta que ela seja, nem esconder dados importantes para a resolução de vários homicídios para a polícia, por mais que essa esteja trabalhando feito cágado com a investigação. Outro aspecto que é importante ressaltar do filme é a cobrança diária que o protagonista tem pelo furo jornalístico.