RESENHA DO FILME "ENTRE OS MUROS DA ESCOLA"
RESENHA DO FILME “ENTRE OS MUROS DA ESCOLA” E COMPARAÇÃO COM A EDUCAÇÃO ATUAL BRASILEIRA.
O filme acontece dentro do ambiente escolar, e as principais filmagens na sala de aula, sala de professores, sala de informática, pátio entre outros espaços ainda dentro da instituição. Além disso, a realidade extraclasse adentra a escola. A história trata de uma turma de adolescentes composto por negros africanos, latino-americanos, asiáticos e franceses de baixa classe social.
As aulas são de francês e a principal preocupação do professor, François Marin, é normatizar a língua de acordo com a gramática, mas teme pela heterogeneidade da turma que traz diversos dialetos e expressões próprias da sua cultura. As dificuldades não param somente por ai. Os alunos enfrentam situações muito duras, alguns são imigrantes não legalizados, não têm condições financeiras e vivem em lugares mais pobres. Por causa deste complexo contexto, os estudantes acabam se revoltando contra muitas atitudes do professor. Em determinado momento, o professor François cita uma frase com o nome do sujeito sendo Bill, e duas alunas reclamam causando grande confusão pedindo para que mude o nome do sujeito para a Aisata, pois o nome anterior não é comum para eles.
O professor tenta em diversos momentos trazer a língua para a vivência comum, retirando dos textos e gramáticas o que eles ainda não entendem e permitindo que descubram o significado de cada palavra pelas suas experiências. Em outro momento, François pede para que os alunos tragam fotos do seu dia a dia e os retira da sala de aula convencional e os leva para a sala de informática, conduzindo-os a elaborar atividades de escrita a partir das imagens que trouxeram. Ao fim da atividade o professor exibe a escrita de um aluno, que sempre é problemático em sala, e oportuniza que ele se sinta inteligente, capaz e também parte da turma.
Em alguns momentos vemos o descontrole da parte do professor, que já se sente cansado