Resenha do filme entre os muros da escola
O filme nos mostra a semelhança com a realidade das salas de aulas no Brasil que é uma grande constatação do fracasso atual não só da escola, mas da sociedade. A criança já cresce sem o conhecimento da moral, da ética, e de sua importância para o convívio social. Hoje o que prevalece é o egocentrismo, o desprezo pelo outro que não pensa, não age, não faz parte do mesmo grupo. Sendo assim, fica difícil criar uma educação transformadora que favoreça o todo, tanto alunos como professores, a sociedade e principalmente a família. O filme também mostra de a realidade de uma escola pública francesa de periferia, onde os professores atuam de modo muito convencional e conservador em contradição com os métodos propostos e o projeto pedagógico implantado no sistema de ensino.
Com alunos desinteressados, pessoas pouco preparadas e com a função de ser o coordenador pedagógico, a personagem principal é o professor Fançois Marin que busca modificar seus métodos de ensino e vencer os muros impostos pela relação professor-alunos; num segundo momento o vemos tendo dificuldades com a linguagem e a diversidade cultural de sua classe, ainda tendo que vencer os preconceitos. Há um despreparo do professor para lidar com a diversidade e com o novo.
O professor parece se importar com suas aulas e com o destino de seus alunos, mas ao mesmo tempo permanece vítima de um sistema de ensino que o calcifica numa teia de ensino incapaz de vencer o muro a muito colocado diante dos alunos. Seus esforços vão aos poucos sendo minados pela turma, por seus superiores e por fim, por ele mesmo, que já não enxerga mais perspectivas para seus alunos problema e sua relação com os alunos se abala.
Observando o filme, pode se verificar que o professor Marin se mostra comprometido e disposto a enfrentar, através do diálogo, os muitos desafios que irão surgindo por parte daquela turma indisciplinada, no intuído de transformar os vários questionamentos dos