Resenha do documentário A Revolução dos Cocos
Produzido em 1999 e dirigido por Dom Rotheroe, “A revolução dos cocos” é um documentário de aproximadamente 50 minutos e relata a luta da população de Bogainville, uma ilha que faz parte do arquipélago das Ilhas Salomão (território da Papua Nova Guiné) a qual passara a ser explorada por uma das maiores mineradoras do mundo, a Rio Tinto Zinc.
Os moradores, cansados de toda exploração ambiental e social - já que uma enorme área fora desmatada, os rios poluídos e menos de 1% do lucro repassado aos proprietários da terra, não possibilitando uma infraestrutura básica para sobrevivência – se uniram e começaram um boicote a mineradora. A conseqüência foi uma guerra civil com 15 mil mortos, ou seja, um décimo da população e o bloqueio econômico da ilha.
Num primeiro olhar imagina-se que o bloqueio seria a pior conseqüência para os habitantes e a melhor solução para o fim da atitude dos moradores, mas o que ocorre é o fortalecimento desses, já que se organizaram de forma autônoma e conseguiram criar condições de sobrevivência e confronto diante das Forças Armadas da Papua Nova Guiné.
A RTZ é uma empresa da Inglaterra, país no qual o Protestantismo era muito forte e segundo Max Weber, através da máxima da predestinação essa religião contribuiu para o surgimento do espírito do capitalismo, que foi um fator determinante para o nascimento do regime capitalista.
A história mostrada no documentário reforça as concepções de Karl Marx acerca da modernidade, da industrialização e do capitalismo.
Com o advento da máquina à vapor, a produção industrial passou por uma enorme revolução, dando espaço aos burgueses modernos que objetivando o lucro iniciaram um processo de exploração do mercado mundial o qual configura até hoje o modo pantopolista de produção e consumo dos países, que se tornaram dependentes uns dos outros pois indústrias necessitam das matérias-primas vindas das mais diversas e distantes nações. Além disso, surge um comportamento