Resenha do capítulo V do Livro "Abaixo à família monogâmica"

418 palavras 2 páginas
CAPÍTULO V – O AMOR INDIVIDUAL SEXUADO

O autor começa este capítulo falando sobre os amores “impossíveis” que foram registrados por volta do século XVII. A necessidade afetiva não podia ser realizada, visto que os vínculos pré-capitalistas impediam essa afetividade, a qual também não possuía legitimidade social. Mas com a publicação de Romeu e Julieta as coisas começam a mudar, não com um final feliz, mas ao menos reconhecendo que os indivíduos têm necessidades afetivas que lhe são fundamentais para sua existência. Eles acreditam que é melhor morrer do que não realizar o amor.
Citando Lessa (p.52-53): “Os humanos descobrem que a relação afetiva pode ter uma dimensão, uma riqueza, uma intensidade, um prazer, uma densidade, uma capacidade de abarcar toda a existência que a faz, de modo inédito na história, um dos elementos imprescindíveis da vida individual”. Ao fazer uma breve análise das obras, peças teatrais e a cultura desenvolvida entre os séculos XVII e XIX, é clara a importância da dimensão afetiva para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo e, consequentemente, de toda a sociedade.
Entretanto, esse amor também carregou alienações, pois foi gerado na sociedade burguesa. Isso porque o amor sexuado individual necessitou do próprio desenvolvimento burguês, e se consolidou a partir da fase moderna do casamento monogâmico. E isso se expressa ao analisarmos as obras características da época, que, embora retratem o amor, sempre o finalizam na tragédia – a tragédia inerente à família monogâmica burguesa. Isso porque o casamento não era uma questão de interesse afetivo, mas de interesse econômico. As obras de arte retratavam o amor como uma expressão possível, mas que os indivíduos eram impedidos de viver.
A mulher continua apartada da vida social, reclusa a cuidar da casa. O homem continua sendo o provedor. Porém, a revolução industrial e o desenvolvimento de novos espaços de trabalho modificaram as relações de forma que a mulher se tornou também

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